segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Giovanna Antonelli vai parar na delegacia por conta de Salve Jorge

Atriz faz laboratório para viver delegada na trama de Glória Perez
Passar um dia inteiro em uma delegacia e acompanhar a rotina de mulheres da polícia nem passava pela cabeça de Giovanna Antonelli. Isso até a atriz ser surpreendida com o convite de Glória Perez para interpretar a delegada Heloísa de Salve Jorge, novela que estreia no próximo dia 22, às 21h, na Globo.

Depois de mais de 20 anos de carreira e 12 novelas no currículo, encarnar um tipo tão distante de sua realidade pareceu bem tentador. Tanto que Giovanna mergulhou em uma grande pesquisa a respeito de como atuam as delegadas brasileiras.

"Por mais que seja uma delegacia, a gente não pode julgar o que a gente ouve de quem chega ali por algum motivo. Essa experiência me ajudou muito a encontrar o tom que o texto da Glória pede para a minha personagem", avalia.

O único fator que seria capaz de fazê-la recusar o chamado, confessa, seria ter de encarar uma viagem longa à Turquia, país retratado ao longo de toda a história. Por isso mesmo, sua personagem até aparece no país, mas só em cenas de cidade cenográfica ou estúdio.

"Não daria mesmo. Minha rotina atualmente não permite que eu me ausente desse jeito. Tenho muitos filhos pequenos", explica Giovanna, que, aos 36 anos, é mãe de três crianças: Pietro, de 7 anos, e as gêmeas Antônia e Sofia, de 2.

O Fuxico – Essa é a segunda novela da Glória Perez que você faz e que retrata uma cultura de um país distante, mas dessa vez você não viajou com a equipe. Sentiu falta disso?
Giovanna Antonelli – Olha, teria sido fantástico fazer uma viagem dessas com a equipe da novela, mas eu não teria condições de deixar meus filhos para ir à Turquia agora. A Glória Perez foi muito importante na minha carreira para que eu chegasse onde cheguei, já que O Clone mudou a minha trajetória na televisão. Mas, dessa vez, estou no núcleo brasileiro. Não tenho nada a ver com o mundo turco. Se bem que eu faço uma delegada, a Heloísa, que, lá na frente, vai fazer uma investigação sobre o tráfico humano, tema central dessa trama.

OF - Como se preparou para viver uma delegada?

GA – Contei com vários workshops, palestras e documentários que foram cedidos pela equipe para que servissem de material de pesquisa para a gente. Além disso, estive com várias delegadas ao longo dessa preparação. Algumas que a própria produção fez contato, outras que eu mesma procurei. Saí para jantar com elas, fui a shows, visitei algumas residências, tive uma convivência intensa com essas mulheres.

OF – O que essa experiência trouxe para você?

GA – Me sinto mais segura para que a gente consiga mostrar outra visão das delegadas. Embora esse seja um assunto já tratado na televisão, muita gente ainda as vê de forma equivocada. Elas são muito femininas, vaidosas, donas de casa e mães – muitas vezes, até mães solteiras. Enfim, mulheres como as mulheres são normalmente. Têm um lado mulherzinha, mas ao mesmo tempo também existe a questão de serem respeitadas no meio de homens e delegarem funções para eles. Essa é uma conquista feminina muito bacana.

OF - Como vai ser o figurino utilizado em cena?

GA - Bem normal. Para trabalhar, um jeans. Fora do trabalho dela, vamos usar roupa de mulherzinha mesmo. Muda só a roupa pela questão da praticidade que ela precisa ter na profissão. O que eu fiz questão de fazer foi marcar uma mudança física maior porque tem pouco tempo que eu saí do ar em Aquele Beijo.

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